Martha Beck e Vivian Oswald | O Globo
Por sua vez, as horas trabalhadas na produção subiram 0,6% e o emprego, 0,2% em janeiro. O índice de utilização da capacidade instalada (UCI) cresceu 0,2 ponto percentual, passando de 82,4% para 82,6%.
Segundo o economista-chefe da CNI, Flávio Castelo Branco, o resultado de janeiro reflete um comportamento que já vinha sendo observado no segundo semestre do ano passado. Ele destacou que uma possível explicação é a forte entrada de produtos importados no Brasil, que tomam espaço dos nacionais:
- É possível que isso esteja refletindo um maior conteúdo importado dentro dos conteúdos nacionais. É uma situação que preocupa.
Segundo Castelo Branco, o aumento da utilização da capacidade instalada ainda não é preocupante do ponto de vista inflacionário. Isso porque as empresas ainda têm espaço para crescer sua produção e atender ao mercado doméstico sem prejudicar relação entre oferta e demanda:
- Pode haver pressões inflacionárias se você tiver incapacidade de aumentar a produção. Na verdade, a indústria trabalhou em 2007 e 2008 com níveis elevados de uso da capacidade, num percentual próximo a 83%, que é a média atual. Se você olhar para a evolução dos preços, os industriais têm tido comportamento favorável, abaixo do centro da meta.
Saldo da balança comercial está positivo em março
Nas duas primeiras semanas de março, a balança comercial teve saldo positivo de US$841 milhões, puxado pelos embarques de minério de ferro e de soja. Ou seja, o país exportou mais do que importou US$120,1 milhões por dia no período. A marca é 310,6% acima do valor registrado nas duas semanas de março do ano passado e 100,4% superior ao resultado médio diário de fevereiro de 2011 (US$60 milhões). Nos sete dias úteis de março, as exportações chegaram a US$6,477 bilhões, com média diária de US$925,3 milhões. Já as importações foram de US$5,636 bilhões, com um resultado médio diário de US$805,1 milhões. No ano, o saldo acumulado da balança é de US$2,463 bilhões.
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