Clubes de compras visam crescer ao educar consumidor brasileiro

este mês, começou a funcionar no Brasil um novo clube de compras. O HipXik chega ao País com a expectativa de conquistar dois milhões de usuários e alcançar a marca de R$ 50 milhões de faturamento em 2011.
Isso se deve ao fato de o Brasil ter um crescimento econômico elevado, à frente dos demais países da América Latina, possuir um amplo mercado de consumidores e pela mobilidade forte entre as classe sociais, explica o CEO do HipXik, David Bernardo.
O foco deles está em atender ao usuário com um estilo de vida sofisticado, que preza por bom gosto em seu modo de vida. O primeiro passo para conquistar esses clientes é educar o consumidor para as compras de roupa on-line. "O Brasil ainda está no início", destaca.
Maturidade
O CEO da Privalia no Brasil, André Shinohara, fala sobre uma curva de maturidade do consumidor brasileiro, que demonstra a passagem de um visitante de sites na internet para um comprador. "Às vezes, esse processo é rápido. Setores que tiveram bom crescimento no e-commerce foram a telefonia, linha branca e livros", explica.
Porém, ele acredita que outros nichos têm grande potencial para crescer, como o da moda. O empecilho para essa expansão aqui no Brasil é a falta de padronização no tamanho das roupas.
"Isso é diferente no mercado estrangeiro, principalmente o dos EUA e o Europeu. Mas começa a haver uma preocupação das indústrias para padronizar", avalia Bernardo. "Ultrapassando esse ponto, vai haver um boom muito grande".
Classe C
O perfil dos consumidores da Privalia, segundo Shinohara, é de pessoas das classes A/B. Além disso, 70% são mulheres, a idade média vai de 25 até 45 anos e "segue a concentração do PIB e da renda no País, com um pouco menos de dependência da região Sudeste".
Porém, eles estão de olho em outra parcela de consumidores que cresce imensamente: a Classe C. "Temos percebido que a Classe C está crescendo como participante da internet e está passando de passiva para ativa economicamente", avalia.
Por isso, eles têm focado para atingir esse público distinto. Shinohara não quis entrar em detalhes sobre a estratégia da empresa, mas a proposta será oferecer produto certo para o público certo.
Clube de compras x compras coletivas
No Brasil, os sites de compras coletivas apresentaram um aumento quantitativo muito expressivo. Embora alguns tenham mais destaque, há inúmeros portais que oferecem esse tipo de comércio. "Eles são orientados para serviços e não requerem uma logística e atenção com o cliente", explica Bernardo.
Shinohara concorda que o fato de as compras coletivas trabalharem apenas com serviços (restaurantes, beleza, viagens, etc) faz com que o processo fique apenas no meio virtual, que é o envio e a impressão do voucher.
"Nós focamos no produto. A operação é mais complexa, pois envolve grande investimento com logística. Todas as campanhas que fazemos nós recebemos uma amostra do produto, temos que escolher o casting e fotografar as modelos em um dos nove estúdios da Privalia e ainda o produto vai chegar em um dos três depósitos que temos na Grande São Paulo, será separado e enviado para a casa dos sócios", detalha.
Atrativos
A principal vantagem para o consumidor, de acordo com Bernardo, é o fato de adquirir produtos de grandes marcas com descontos fortes.
Shinohara ainda explora um pouco mais e destaca quatro atrativos dos clubes de compras:
  1. Canal web: oferece comodidade de comprar a qualquer hora e em qualquer lugar;
  2. Desconto agressivo: os consumidores conseguem comprar produtos por um preço diferenciado;
  3. Acessibilidade: os sócios encontram marcas e produtos que não são encontrados em certas regiões e cidades;
  4. Experimentação: a pessoa experimenta um produto ou uma marca que até então não conhecia; ou ela conhece, mas é estimulada a comprar por gostar muito de determinada marca.
Um dos grandes estímulos às aquisições é o tempo disponível para a compra. "Tem uma conotação de compra por impulso. Nós entramos com três ou quatro campanhas no dia que são oferecidas por poucos dias", conclui Shinohara.

Por: Infomoney

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