Vendas de smartphones no Brasil avançam mais do que no mundo

SÃO PAULO – No mundo, as vendas de smartphones cresceram 69% entre 2010 e 2011, enquanto que no Brasil a alta foi de 80% no período. Foi o que revelou estudo realizado pela GfK Retail and Technology entre janeiro e agosto deste ano.

A GfK fez uma auditoria em aproximadamente 11 mil pontos de vendas, contemplando 52 categorias de smartphones, que, até agosto de 2011, acumularam faturamento no País de R$ 50,5 bilhões. Esse montante representa acréscimo de quase 10% em relação ao mesmo período do ano passado.

O Nordeste foi a região do País que apresentou o maior crescimento em termos de vendas desses aparelhos. Por outro lado, a menor evolução foi encontrada no estado de São Paulo (4,4%), seguido da Grande São Paulo (5,0%) e da região Sul (5,1%).

Telecom
A área de Telecom respondeu pela maior contribuição percentual para o crescimento do faturamento de eletrônicos (24,9%), seguida por ar condicionado (16,2%), eletroportáteis (15,6%), foto (10,4%), linha marrom (10,4%), informática (8,2%) e linha branca (6,6%).

Entre os canais analisados, o que apresentou a maior alta no desempenho (21,9%) foi o generalista, impulsionado pela venda de produtos de telecomunicações, que contribuiu com 7,7 pontos percentuais. Já os especialistas melhoraram o desempenho em 7,5%, com aumento significativo gerado pelos produtos de linha branca, que contribuíram com 2,2 p.p. no crescimento do canal.

Os produtos que mostraram melhores desempenhos nas vendas foram televisores de tela fina (18,5%), notebooks (13,1%) e smartphones/celulares (12,8%).

Os dispositivos móveis de telefonia, vendidos a um preço médio de R$ 325, possibilitaram um faturamento de R$ 11,4 bilhões até agosto, significando a maior parcela no faturamento total de eletrônicos (23%). Já os televisores de tela fina, vendidos em média por R$ 1.684, renderam R$ 8,8 bilhões e chamaram a atenção na comparação com outros países: no exterior o crescimento nas vendas do produto é de 22%, contra 30% no Brasil.

Loja física versus internet
De acordo com o estudo da GfK RT, o perfil mais hightech do consumidor brasileiro faz com que ele procure diferentes canais de compras, dentre eles, a internet.

De acordo com a gerente de negócios de varejo da GfK, Simone Aguiar, “de um modo geral, existe, sim, uma grande expectativa de expansão das vendas pelo sistema e-commerce”. Por outro lado, as lojas físicas também vão continuar com sua importância, pois os consumidores ainda querem experimentar os aparelhos antes de comprar, principalmente os mais tecnologicamente elaborados.

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